É possível viver sem dor na Terceira Idade?

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Podemos dizer que sentir dor é considerado um sintoma natural do envelhecimento que acontece com frequência nos idosos. Pesquisa realizada na Suécia mostra que pacientes com mais de 60 anos se queixam duas vezes mais de dor que aqueles com menos idade. Mas, na maioria das vezes, um pouco de dor eventualmente enquadra-se dentro dos padrões normais de aceitação.  O problema ocorre quando não há nenhum esforço, por parte da terceira idade para tratá-la. Estudos mostram que em idosos institucionalizados, a dor pode ter a prevalência de até 83%. Esse alto índice se deve a uma cultura errônea, muitos idosos não buscam um especialista porque consideram a dor um sintoma comum nessa faixa etária e acreditam que devem se acostumar com ela. Quando, na verdade, é preciso entender mais a fundo os mecanismos de sintomas nessa nova fase da vida.

Um ponto a ser destacado é a dificuldade de diagnóstico da dor, já que a mesma é subjetiva e como o cognitivo dos idosos fica alterado por causa da idade, dificulta “quantificá-la”, apesar de já existirem questionários objetivos que ajudam nessa questão.

Por definição didática, a dor aguda é aquela que dura menos de três meses e é considerada benigna, capaz de nos proteger de estímulos dolorosos por reflexos de proteção. Enquanto que a dor crônica dura um tempo maior e é considerada uma dor patológica, já que gera alterações comportamentais, depressão, crises de ansiedade, imobilismos (muito prejudicial ao idoso), entre outras complicações.  Vale ressaltar que uma dor aguda pode ficar crônica por falta de tratamento, já que a cronificação é a perpetuação da mesma por mecanismos de memória de dor. O sistema nervoso permite que ela seja gravada no cérebro, a “memória da dor”. “O tratamento inadequado da dor aguda facilita esse processo e culmina na dor crônica, por esse motivo é tão importante a adequação do tratamento da dor aguda”, explica a Dra. Mariana Palladini, especialista em terapia da dor, consultora da Senior Concierge e médica responsável do Centro Paulista de Dor.

As dores mais propensas a se tornarem crônicas nos idosos são: as lombociatalgias (região lombar), cervicobraquialgias (pescoço), osteoartroses (joelho, quadril e ombros), infecções urinárias de repetição, neuralgias pós-herpéticas e neuropatias diabéticas.

A dor é um fenômeno tão subjetivo e complexo que sempre deve ser avaliado com muito critério, por isso, para ajudar a especialista da Senior Concierge, Dra. Mariana Palladini traz quatro importantes dicas, que podem ser facilmente seguidas, ajudando a viver bem e sem dor:

1. Mexa-se. O imobilismo é uma das maiores causas de patologias nos idosos e se a dor não permitir que você se movimente de forma adequada, procure um especialista em dor. Além disso, só o exercício físico libera as endorfinas.

2. Cuidado com a automedicação. É comum o paciente chegar ao consultório tomando medicações que não só não vão resolver a dor, como também podem ser prejudiciais a saúde em longo prazo.

3. Procure um profissional o quanto antes. Assim que começarem as dores, procure um profissional que saiba tratá-la. A dor aguda bem tratada não cronifica e tem uma evolução benigna.

4. Não tenha vergonha da sua dor e nem de senti-la. Muitos deixam de se cuidar porque acham que a dor é uma consequência do envelhecimento e deixam de tratá-la e isso é um grande erro.

A consultora da Senior Concierge finaliza: “os reflexos ao longo da vida acabam aparecendo quando chegamos à Terceira Idade, no entanto, não podemos nos entregar. As dores são inevitáveis, mas com um bom tratamento, podemos viver sem ela e aproveitar o que há de melhor na vida”.

(Fonte: http://www.portalplena.com/saude/1194-e-possivel-viver-sem-dor-na-terceira-idade)

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